Comunidade católica celebra os 101 anos da Padroeira de Cosmópolis


 Festa de Santa Gertrudes é a mais antiga celebração religiosa existente no município

 

Com certeza um mês memorável, marcado no passado e presente cosmopolense, principalmente no calendário de festas. Novembro enaltecido pela fundação do Clube Cosmopolitano (15), proclamação da república (15), ‘lutas’ pela emancipação política e administrativa, aniversário de Cosmópolis (30) e mês da mais antiga celebração religiosa do município, o dia de Santa Gertrudes de Helfta (16), Padroeira de Cosmópolis.

História da Festa
A festa de Santa Gertrudes surgiu com a fundação oficial da primeira igreja católica de Cosmópolis, a Igreja Matriz de Santa Gertrudes, elevada como matriz e inaugurada em 17 de setembro de 1915.
A exaltação à Santa é uma homenagem a Gertrudes Eufrosina Nogueira, mãe de José Paulino e Major Arthur Nogueira, patronos e fundadores da Igreja. Dona Tudinha, como era conhecida em Campinas, trazia em seu nome de batismo e na fé, a tradição familiar de devoção à santa, popularmente venerada entre as famílias paulistas da época, principalmente os cafeicultores e barões.

Festa completa 101 anos
O dia 16 de novembro, data consagrada mundialmente pela Igreja Católica à Santa Gertrudes de Helfta, são comemorados em Cosmópolis os 101 anos da Festa da Padroeira.
Na edição 2016, a parte festiva começou no dia 5, com a abertura das festividades com a tradicional quermesse. O encerramento das quermesses terminam no domingo, dia 13, com a 27º Romaria dos Cavaleiros. A saída da romaria acontece às 10h na Igreja do Senhor Bom Jesus, localizada no histórico bairro Nova Campinas. O evento é marcado pela presença de produtores rurais, celebrando a devoção dos agricultores pela Santa, enaltecida mundialmente como intercessora na agricultura.
Na chegada ao Largo da Matriz de Santa Gertrudes, acontece a benção dos romeiros e seus animais. Logo após, almoço comunitário, leilão de gado e sorteio de uma poupança no valor de R$ 2.000,00.
As celebrações religiosas começaram no dia 7, com a missa de abertura da novena de Santa Gertrudes, a qual termina no dia 15. No dia 16, dia de Santa Gertrudes, é realizada a Missa Solene e procissão em louvor a Padroeira, com início às 19h30.

Relatos de saudades
“Os meus avôs se conheceram em uma festa de Santa Gertrudes”, declara Maria América Peneccine de Souza, 82 anos, moradora da Vila Cosmo. “A festa sempre foi muito simples, mas reunia muita gente. No meu tempo não podia vender bebidas nas barracas, o padre proibia. Mas, na Avenida, tinha muitos bares, o pessoal comprava e consumia na Praça. Mesmo assim, nunca aconteceu brigas ou desavenças, a festa reunia amigos famílias. Com o tempo a festa foi ficando grande, vinha gente de trem até de Pádua Salles (última ramal da Funilense) participar dos festejos. Uma das coisas que sinto saudades era dos leilões feitos pelo Zuza Nallin, Sérgio Rampazzo, Alibabá. Era muito divertido, os prêmios eram todos doados pela comunidade, frango assado, tacho de doce, penca de banana”, relata emocionada.
Herculano Gomes Lanatti, 62, aposentado, relembra os “footing”, nome usado na época para percorrer a praça observando as meninas. “Cosmópolis sempre teve moças bonitas, mas quando tinha festa reunia gente de toda a região, movimentava a cidade. O pessoal chegava de trem, carro, charrete e trole, as calçadas ficavam repletas de bicicletas, ninguém mexia em nada. A paquera era com muito respeito, só no olhar. Gostava muito das barracas de doces, jogo de argola, saudades daquele tempo”, recorda-se Lanatti.

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