Campinas registra mais duas vítimas e casos de mortes provocadas pela dengue já chegam a 14 na região

Foram confirmadas mais duas mortes em decorrência da dengue, que atingiu a marca histórica de pior epidemia de Campinas. São 40.005 casos confirmados da doença, no acumulado de 1º de janeiro a 10 de julho. As mortes estavam em investigação e foram confirmadas pela Secretaria de Saúde nesta sexta-feira (11), no balanço divulgado à tarde.

As vítimas são uma mulher de 45 anos, moradora na região Sudoeste, morta em 6 de maio; e um homem de 80 anos, da região Norte, que morreu em 13 de junho. Com isso, são oito mortes confirmadas em 2014. Há outros quatro casos em investigação. Na região, o total de óbitos subiu para 14 casos. Os óbitos foram registrados em cinco municípios: Campinas (8), Sumaré (3), Indaiatuba (1), Americana (1), Santa Bárbara d´Oeste (1).

Pico da epidemia

Abril foi o mês que registrou o pico da epidemia, com 19.783 casos da doença. Em maio, foram registrados 9.928. Historicamente, é o mês em que o número de pessoas infectadas começa a cair, devido ao frio que diminui o ciclo de alimentação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

No balanço anterior, eram 39.885 mil casos confirmados no acumulado entre 1º de janeiro a 4 de julho, com seis mortes. Os casos registrados e divulgados até ontem na cidade são quase quatro vezes maior que a crise de dengue em 2007, com 11.442 infectados, considerada a maior.

Investigações

O médico infectologista do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, André Ribas, afirmou que as mortes ocorreram no período de pico da dengue. “Não temos expectativas de novos casos. As confirmações serão das investigações”, disse.

Ribas comparou o coeficiente de mortalidade entre a epidemia atual e as anteriores, e afirmou que a taxa é semelhante. “Em 2007, foram 11 mil com dois óbitos. A letalidade é de 1 para cada 5 mil, o que se repete este ano”, explicou. Em 2014, o vírus tipo 1 circulou em Campinas. Em 2007, foi o tipo 3. Ambos são considerados agressivos.

A região Noroeste — que engloba o Campo Grande e Itajaí — voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking das mais infectadas: são 9.980 pacientes. Em segundo lugar, ficou a região Sudoeste (Ouro Verde, Aeroporto de Viracopos e DICs ), com 9.178 registros.

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