Onça parda é devolvida à natureza com colar de monitoramento GPS


 O animal estava em tratamento em Paulínia desde terça-feira (28); felino recebeu o nome de Taruma

 

Foi devolvida à natureza na tarde de sexta-feira (28), a onça parda suçuarana que estava em tratamento no Parque Ecológico Armando Müller de Paulínia.
O animal capturado na terça-feira (25), em uma tecelagem na cidade de Americana estava sendo acompanhado pelas equipes do Parque. O manejo do animal até a natureza foi feito pelos técnicos do Parque e do instituto Corredor das Onças, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
A Prefeitura de Paulínia e os institutos de preservação têm a parceria há mais de dez anos, encaminhando animais resgatados na região para o centro de reabilitação do município.
A onça –um macho de cerca de 4 anos e com 51 quilos – foi solto à noite em uma mata da região de Campinas. O local não foi informado para dar mais segurança ao animal, que está passando por um processo de readaptação até voltar às suas atividades normais no ecossistema. A onça ganhou o nome de Taruma, que significa “valente” na língua tupi-guarani, segundo Márcia Rodrigues, responsável técnica do ICMBio na região de Campinas.

Tratamento antes da liberdade
Os especialistas aplicaram um sonífero no animal, necessário para maior segurança nos procedimentos com animais silvestres. Depois de 10 minutos, ele foi retirado e encaminhado para a área médica do parque. Foram coletadas amostras de sangue para análise do DNA e feitos novos exames e medições. Em seguida, foi colocado o colar de monitoramento por GPS. Esse equipamento custa cerca de R$ 15 mil e envia dados da localização do felino. Após dois anos, um dispositivo automático destrava o colar e a onça deixa de ser monitorada. Para retomar os sentidos, foi dado outro medicamento à onça. No transporte do animal à natureza, a onça foi colocada dentro de uma caixa própria para o manuseio de grandes felinos e transportada no veículo do ICMBio, do Ministério do Meio Ambiente.

Resgate e preservação
O Corredor das Onças é uma iniciativa formada por técnicos e protetores da biodiversidade animal e ambiental da região metropolitana de Campinas. O Instituo já fez o trabalho de monitoramento em cerca de dez animais capturados na região. Em um dos casos, o felino capturado chegou a andar 2.000 quilômetros. Foi para Minas Gerais, depois voltou para a região de Campinas e seguiu para a Serra do Mar. Antes da soltura dos animais à natureza, o Parque Ecológico de Paulínia faz todo o trabalho de tratamento e reabilitação. Entre os cuidados está até o aprendizado a caçar e assim alimentar-se sem ajuda do homem. Somente em casos extremos, como de problemas ortopédicos, é que o animal fica no local. O parque de Paulínia tem cerca de 250 animais de diversas espécies, entre aves, mamíferos e répteis.

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