Caso de febre amarela faz procura por vacina subir até 1.000% na região


 Morte por febre amarela de moradora de Paulínia foi confirmada Prefeitura

 

A procura pela vacina da febre amarela movimenta postos de saúde e clínicas particulares na região de Campinas. A notificação de dois casos suspeitos da doença entre moradoras de Paulínia provocou uma corrida pela imunização. Em algumas cidades, houve aumento de até 1.000% na demanda em relação ao mesmo período do ano passado, e já começa a faltar doses em algumas unidades de saúde.
Em Paulínia, as vacinas contra febre amarela podem ser encontradas no UBS São José (Avenida Antônio Batista Piva, 3123) e no UBS Centro (Rua Presidente Costa e Silva, 444). No entanto a recomendação é que a vacina seja dada somente em pessoas que viajarão para lugares definidos como alvo da febre amarela. Ainda não há casos na região de contágio da doença.

Nota da Prefeitura de Paulínia
A Prefeitura Municipal de Paulínia informa que foi confirmada, na tarde de sexta-feira (27), a morte por Febre Amarela de uma professora de 47 anos moradora da cidade. A Vigilância Epidemiológica do município ressalta que se trata de um caso importado. A vítima apresentou os sintomas após retornar de uma viagem ao Estado de Minas Gerais, onde contraiu a doença.
O resultado do outro caso que estava sob análise, de uma mulher de 32 anos também moradora da cidade, foi negativo para Febre Amarela.
A Prefeitura informa ainda que, mesmo antes da confirmação, todas as medidas protocolares preventivas já haviam sido tomadas. Desde a quarta-feira (25), a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) está realizando procedimento de nebulização na região do bairro Patropi (onde residia a professora) para combater os mosquitos transmissores de doenças como Febre Amarela, Dengue, Zika e Chikungunya.
A vacina contra a febre amarela é indicada apenas aos moradores de áreas de risco definidas pelo Ministério da Saúde e para aqueles que vão viajar a esses locais. A imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo). Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

Na região
A Secretaria de Saúde de Hortolândia informou que houve aumento na procura por vacinas de cerca de 1.000% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros 25 dias de janeiro, foram aplicadas 600 doses nas unidades de saúde da cidade.
Em Indaiatuba, foram aplicadas 700 doses da vacina entre os dias 16 e 25 de janeiro, mas a cidade não informou a demanda no mesmo período do ano anterior.

A doença no Brasil
Embora a febre amarela não seja registrada em meios urbanos desde 1942 no Brasil, o vírus nunca deixou de circular em matas. Os primeiros casos de 2017 foram registrados em Minas.
Deve tomar a vacina contra a febre amarela: morador de município com o vírus circulando ou visitante desses lugares, dez dias antes de viajar.
Sintomas da febre amarela: febre alta, pele e olho amarelos (o vírus lesiona o fígado) e hemorragia. Não pode tomar remédios a base de ácido acetilsalicílico.

Variedades

Oportunidades