Paulínia registra menor taxa de mortalidade infantil da história


 A taxa caiu para 6,10 casos para cada mil bebês nascidos vivos; é a quarta melhor taxa entre os 20 municípios da RMC

 

A taxa de mortalidade infantil em Paulínia atingiu, em 2015, o menor nível da série histórica iniciada em 1980, segundo a divulgação da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde.
A taxa caiu para 6,10 casos para cada mil bebês nascidos vivos. É a quarta melhor taxa entre os 20 municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas) e está abaixo das médias regional e estadual, respectivamente em 8,58 e 10,66, segundo a Seade.
O resultado foi comemorado pelo prefeito José Pavan Junior (PSDB). Ele atribuiu o desempenho ao trabalho dos especialistas em saúde do município e também aos programas sociais que beneficiam os recém-nascidos e as famílias paulinenses.
Pela ONU (Organização das Nações Unidas), a taxa aceitável de mortalidade infantil para um município é de 10 casos para cada mil nascidos vivos. A última vez que Paulínia registrou taxa acima disso foi no ano de 2006, na proporção de 11,3 para cada mil.
“Estamos muito felizes com esse resultado, que é o melhor desde 1980. Ele reflete o trabalho sério de toda a administração em benefício dos recém-nascidos, que são acompanhados ao longo de toda a vida por profissionais da saúde”, disse Pavan.

Trabalho
Para alcançar a menor taxa de mortalidade da história, o trabalho começa desde o pré-natal das mães em gestação. Os médicos ginecologistas atendem em todas as nove UBSs (unidades básicas de saúde) do município.
É recomendado uma consulta por mês ou dez consultas até o final da gestação. Quanto mais próximo do parto, mais consultas, exames e avaliações são feitos – tudo para verificar a saúde e a situação do bebê ainda dentro da barriga da mãe.
Logo após o nascimento, ainda no HMP (Hospital Municipal de Paulínia), o bebê faz o exame do olho. De lá, sai com encaminhamento para o exame da orelhinha e, entre 7 a 10 dias de nascido, na UBS, o recém-nascido faz o teste do pezinho.
Ainda na UBS de origem, o bebê recebe as primeiras vacinas, que são a BCG, que evita formas graves de tuberculose, e contra a hepatite B. Com dois meses, o recém-nascido ganha outras doses – pentavalente, poliomielite, meningite e rotavírus.

Acompanhamento
“Quando o recém-nascido sai do hospital, a UBS do bairro onde a família mora já recebe todas as informações e orientações para o acompanhamento”, disse a médica pediatra Fernanda Manfrinati Petroni, assessora técnica da Saúde da Criança de Paulínia.
Ela afirmou que a primeira consulta com o pediatra na UBS acontece entre o 7º e 10º dia depois do nascimento. “A agenda médica nos postos de saúde sempre tem vagas diárias para a consulta de recém-nascidos”, disse a especialista.
O recém-nascido tem prioridades. As consultas com o pediatra acontecem de mês a mês, até o quarto mês. Depois, com seis meses, há uma nova avaliação, que será repetida aos noves meses e quando a criança completar um ano de idade.
Depois, a próxima consulta com o especialista acontece com um ano e três meses. Quando a criança completar um ano e meio, uma nova consulta é feita. Depois vem a consulta dos dois anos. Adiante, é feita uma avaliação a cada seis meses.
“Nós fazemos um acompanhamento ativo dos bebês. Quando a mãe não traz na consulta, a gente liga, vai atrás, tudo para garantir a qualidade da saúde e o bem-estar da criança”, afirmou Fernanda, mostrando a caderneta de Saúde da Criança.
Quando é detectado algum problema com o recém-nascido, entra em campo os médicos especialistas. Em Paulínia, a prefeitura tem disponíveis na rede pediatras especializados em doenças pulmonares, neurológicas e gastrointestinais.
Caso a criança apresente algum problema de saúde mais específico, ela é encaminhada junto com a família à rede regional especializada, que no caso são os hospitais da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da PUC-Campinas.

Programas sociais
Um dos programas sociais de Paulínia mais relacionados com a saúde e bem-estar do recém-nascido é a Bolsa Amamentação, que garante R$ 500 por mês à mãe que frequentar reuniões e amamentar o filho até ele completar um ano de idade.
Outro programa social oferecido pela Prefeitura de Paulínia é o Renda Alimentação, que garante R$ 220 por mês às famílias em situação de vulnerabilidade social. Já o Renda da Família concede até R$ 250 por família, de acordo com os critérios estabelecidos.
Segundo dados da Secretaria da Promoção e Desenvolvimento Social, hoje cerca de 240 mães são beneficiadas pela Bolsa Amamentação. Por mês, são investidos cerca de R$ 126 mil. Nos outros dois programas, são aplicados quase R$ 2 milhões por mês para cerca de 4.800 famílias do município.

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